terça-feira, 11 de outubro de 2011

Belém – Demonstração de fé

Acho que desde que chegamos a Belém ouvíamos falar do tal “círio”.
Em um imóvel que visitamos o dono contou vantagem, falando que dali – daquele prédio, era possível acompanhar o círio. Que todos os moradores se reuniam no salão de festa para juntos participar... enfim, teceu vários comentários valorizando esse suposto beneficio. Mais tarde foi o zelador de outro prédio – o que locamos – que falou sobre as maravilhas de outubro vindas (é claro) com essa importante comemoração popular.

Segundo ele, é o período do ano em que as famílias e os amigos se reúnem. “Vem gente de longe e tem festa" com direito a comidas típicas - maniçoba, pato no tucupi - e parque de diversão. Além da possibilidade de agradecer e pedir graças.

O tempo passou, outubro chegou e assistimos na TV muitas matérias falando sobre o Círio fluvial e outras romarias realizadas pelo interior do estado e nas cidades vizinhas.

Pessoalmente, fomos ver a transladação. Uma procissão feita durante a noite que leva a imagem de Nossa Senhora de Nazaré da Basílica até a Igreja da Sé. Caramba, era muita gente! Estavamos no alto, mais ou menos no meio do trajeto, e esperamos horas para a procissão chegar até o local onde aguardavamos. Mas valeu. Foi um espetáculo de fé que nunca tinha visto.

No outro dia, pela manhã o trajeto da imagem era ao contrario. Fomos até o ponto final para registrar a chegada. Novamente ficamos impressionados – com o número de pessoas, com o sacrifício que elas estavam fazendo e com aquela fé que (sinceramente) pensei não existir dentro da igreja católica...

Mais informações – É realizado desde 1793, o percurso é de 3,6 quilômetros e reúne aproximadamente dois milhões de romeiros. Em setembro de 2004, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) registrou o Círio como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial. Leia mais no site do evento...


Pessoas carregando simbolos de agradecimento - casas, tijolo, cartão de loteria...



Muitas pessoas percorrem o trajeto descansas agarradas a corda... no final a corda é cortada e os pedações são levados
como lembrança pelos romeiros



Outros percorrem todo o trajeto de joelhos e são aparados pela equipe da Cruz Vermelha

Créditos:

Texto - Liliane Domingues

Foto 1 - Divulgação

Demais fotos (Cirio / 2010) - André Domingues

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